Destaque para o setor de serviços, responsável pela abertura de mais da metade das vagas com carteira assinada no Estado

Os dados divulgados pelo Ministério da Economia,
na última sexta-feira (24/01), mostram uma recuperação do emprego formal em
Minas Gerais, mesmo com as dificuldades fiscais enfrentadas pelos municípios
mineiros. No acumulado do ano, o Estado registrou 15.801 postos de trabalho a
mais que em 2018. Essa diferença representa uma evolução de 19,28% no estoque
de vagas abertas.
A
expansão de admissões em relação às demissões deve-se, especialmente, a setores
estratégicos para a economia mineira, como a construção civil (7,72%), a
indústria extrativa mineral (4,04%) e os serviços (3,43%). A agropecuária, por
sua vez, foi o único setor a registrar recuo no número de vagas formais em
Minas (-0,93%). Já o comércio fechou o ano com saldo positivo de 1,37% de
contratações.
A economista da Fecomércio MG, Bárbara Guimarães,
atribui a reversão do quadro de desemprego a fatores como a inflação
controlada, a queda dos juros básicos a 4,5% ao ano e as reformas estruturais
aprovadas. “O ambiente de otimismo vivido no ano passado permitiu setores como
a mineração – afetada no início de 2019 pela tragédia em Brumadinho – e a
construção civil – em baixa desde a crise – elevarem o percentual de
contratações no Estado”, avalia.
Em
relação ao comércio, Bárbara considera que o consumo aquecido e a confiança do
empresário foram determinantes para a evolução do emprego em Minas. “As medidas
de liberalização da economia implementadas no país durante o ano passado
motivaram um comportamento mais positivo de quem empreende. Não por acaso, o
Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio de Belo Horizonte expandiu
22 pontos percentuais de 2018 para 2019”, quantifica.
Números
anteriores à crise
No
Brasil, os resultados do Caged 2019 revelam que 644.079 vagas formais foram
geradas, 21,63% a mais que o apurado em 2018. O saldo é o melhor em números
absolutos desde 2013, quando o país criou mais de 1,1 milhão de empregos com
carteira assinada. Todos os oito setores verificados encerram o ano com estoque
positivo, com destaque para os serviços, responsável pela geração de 382,5 mil
postos de trabalho, e para o comércio, com 145,4 mil admissões.
Entre
as regiões geográficas do país, os melhores saldos de postos de trabalho
formais no ano passado ficaram como a Região Sudeste (318,2 mil), seguida pela
Sul (143,2 mil), Nordeste (76,5 mil), Centro-Oeste (73,4 mil) e Norte (32,5
mil). Já em relação aos estados, os desempenhos mais satisfatórios foram
registrados em São Paulo (184,1 mil), Minas Gerais, (97,7 mil) e Santa Catarina
(71,4 mil).
Opção
pós-reforma
O
trabalho intermitente também colaborou para o resultado do Caged em 2019. No
período, a modalidade gerou 85,7 mil empregos, 13,3% do total de vagas criadas
em todo o país. Os setores de serviços (39,7 mil) e comércio (24,3 mil) foram
os destaques dessa forma de trabalho, que permite ao profissional prestar
atividades em períodos alternados, conforme a demanda do empregador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário